Segundo Eduardo Chaves (2004), o software educacional é aquele que pode ser usado para algum objetivo educacional ou pedagogicamente defensável, qualquer que seja a natureza ou finalidade para a qual tenha sido criado. Portanto, segundo o autor, o software se for aproveitado no ensino de alguma forma, este pode ser considerado um software educacional. Do meu ponto de análise, um software educacional é um programa intuitivo que faz com que o aluno aprenda através de um simples método: tentativa e erro. Em outras palavras, o aluno realmente aprende trabalhando no software e aplicando estes ensinamentos em seu cotidiano. O professor deve fazer uma análise do software, se o mesmo realmente faz com que o aluno aprenda. Se o software for realmente educativo, o professor deve utilizá-lo como meio de auxílio no processo de aprendizagem.
Segundo Valente (1999), o enfoque da informática educativa não é o computador como objeto de estudo, mas como meio para adquirir conhecimentos. O ensino pelo computador implica que o aluno, através da máquina, possa adquirir conceitos sobre praticamente qualquer domínio. Então, os softwares educacionais são com toda certeza ferramentas de auxílio ao processo de aprendizagem, porém por falta de planejamento das instituições de ensino e preparo por parte dos professores, é ideal uma reestruturação de toda a base (softwares, professores, instituições e metodologias) para o sucesso deste processo.
Os professores buscam com o uso do software educacional um meio de tornar suas aulas mais criativas e dinâmicas, porém, isto nem sempre acontece porque muitos dos professores não estão preparados para lidar com toda esta tecnologia presente hoje. Afirma Tajra (2001) que o professor precisa conhecer os recursos disponíveis dos programas escolhidos para suas atividades de ensino, somente assim ele estará apto a realizar uma aula dinâmica, criativa e segura. Entretanto, o que vemos não é isso e voltamos ao problema de utilizar o software como ferramenta de ensino, ou seja, o aluno faz o que o professor pede e fica limitado a isso. E a ferramenta de aprendizagem fica sempre no esquecimento.
O papel do professor na utilização dos softwares educacionais é o de ser a ponte no processo ensino-aprendizagem. Em outras palavras, o professor deve juntar o software educacional que foi criado para fins de ensino e fazer com que este recurso tecnológico torne uma ferramenta de aprendizagem aplicada ao ensino. Além disso, quando nos referimos ao uso do computador na educação, transparece a idéia de que a utilização desses equipamentos provoca insegurança em alguns professores menos informados, que receiam e contestam o uso do computador na sala de aula, pois pensam que serão substituídos pela máquina.
Para que professores e alunos possam interagir entre si e com o computador, precisa-se de softwares inteligentes ou com qualidade. Software com qualidade é aquele que desenvolve no aluno um pensamento lógico e criativo para as diversas tarefas presentes no software.
Neste contexto, para que uma escola trabalhe com software com qualidade, o professor deve fazer uma análise completa do mesmo antes de trazer este software para dentro da escola. Alguns fatores devem ser considerados antes de adquirir softwares educativos. O software é adequado para as necessidades da (s) disciplina (s)? O software estimula o desafio, a curiosidade e a resolução de problemas por parte dos alunos? Os recursos existentes no software são usuais e de fácil manipulação? Muitos softwares são rejeitados pelos próprios alunos, achando-os cansativos e repetitivos. Além disso, muitos professores não conseguem aprender o suficiente no software para passar ao aluno.
O docente não é um produtor de software educacional, pois, ele não aprende isso na graduação e teria que reservar um tempo para isso, coisa que não é “viável” para o estado e nem para as escolas. Porém, a escola e os professores poderiam ir à busca de profissionais que atuam na área da computação para desenvolver softwares educacionais inteligentes.
Para tornar a produção de softwares educativos economicamente possíveis nas escolas, o governo e o estado deveriam investir no profissional licenciado em computação para que, além de dar aulas, construa softwares educacionais, pois, este profissional já é da área e a escola não precisaria ter mais gastos.
REFERÊNCIAS
TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na Educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor na atualidade./ Sanmya Feitosa Tajra. 3.ed. rev. atual e ampl. – São Paulo: Érica, 2001.
VALENTE, José Armando. Diferentes usos do computador na educação. Disponível em: http://edutec.net/Textos/Alia/PROINFO/prf_txtie02.htm. Acesso em 01/05/2009.
CHAVES, Eduardo. O que é software educacional. Disponível em http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/EDTECH/softedu.htm. Acesso: 01/05/2009.
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